Artigo publicado no Material Didático para o Curso de Design Gráfico
Aplicado ao Jornalismo, entre outras publicações.
Ed. 001 Caderno 1 Pág. 06.
Instrutora: Rogéria Lázari
Tive o grande privilégio de entrevistar Eduardo Martino!
Eduardo Martino, 39, paulista radicado em Londres. Fotojornalista, correspondente oficial de importantes órgãos da mídia brasileira, como: Folha de S. Paulo, Agência Estado, Veja, Época e Vogue. No Reino Unido, correspondente de jornais como Guardian, Telegraph e o Sunday Times. Em seu imenso portfólio destacam-se também projetos pessoais como a Eleição Americana em 2004 para o importante The Gardian, em um inovador projeto de multimídia patrocinado pela Olympus e a grandiosa documentação da Comunidade Xiita do Reino Unido em 2004. Eduado Martino foi também responsável pela cobertua da execução do brasleiro Jean Charles de Menezes.
Eduardo, de coração mais uma vez, muito obrigada!
A entrevista é longa, colocarei aqui apenas uma resposta,
que por sinal foi a melhor que já li até hoje sobre a discussão.
Para os interessados na entrevista inteira me mandem um e-mail.
______________________________________________________________
ROGÉRIA LÁZARI: Eduardo, existe uma grande discussão entre Fotografia versus Arte. Uma discussão maior ainda entre Arte versus Fotografia versus Fotojornalismo. Você considera Fotografia e Fotojornalismo como artes?
EDUARDO MARTINO: Essa é de fato uma grande discussão, daquelas em que não se pode falar em verdade absoluta, apenas relativa. Só é possível haver opiniões pessoais e não conclusões universais quanto ao fato de a fotografia ser ou não arte e se o fotojornalismo entra nesse balaio ou não.
Para mim fotografia pode ou não ser arte, da mesma maneira em que o uso de palavras pode ou não se fazer de forma artística. Quando um poeta faz um poema,
um soneto, por exemplo, normalmente é visto como um artista. Quando um tecnocrata escreve um tratado sobre economia, o senso comum não o classifica como artista.
Com a fotografia acho que o mesmo acontece. No caso do fotojornalismo, um fotógrafo pode usar elementos artísticos (como noções de composição, estética, metáforas visuais, etc) e assim conferir um tom artístico a sua obra, ainda que ele seja um jornalista acima de tudo e, portanto, queira atribuiar boa dose de objetividade ao seu trablaho.
Será ele, então um artista? Para mim, não. Será um jornalista acima de tudo, embora usando elementos artísticos em sua linguagem. E o fotógrafo, não-fotojornalista? Se ele fotografar assim como o poeta
escreve um soneto, sim será um artista.

3 comentários:
Só mesmo você para conseguir estas façanhas!!!Como me orgulho de você,por estas e tantas outras coisas...Sou sua fã incondicional,apesar de você mesma já saber disto por tantas vezes que te falei.Você é realmente inacreditavel...e que bom é saber que até o inacreditavel existe assim tão perto da gente!
ANDRESSA
Olá Rogéria, obrigado pelas palavras. Gostei muito do material produzido com o Martino e me interessei pela entrevista completa.
Gostei muito também de sua página, informativa e útil. Será inidicada.
Outra coisa: vi aqui o projeto do Correio de Notícias, de Admaantina. O que vem a ser este projeto?
Grande abraço.
Roberto Mancuzo
Também me interessei pela entrevista, Rô! Parabéns pelo trabalho.
Super beijo!!!
Postar um comentário